quinta-feira, 29 de maio de 2014

Os brasileiros são impacientes? Temos esperado por tanto tempo. Um dia a nossa paciência acaba mesmo!

Por Fernanda Melo


Li a postagem acima de uma "jornalista honesta" comentando a Copa do Mundo no Brasil. Segundo ela, nós brasileiros somos muito exigentes e, ao invés de reclamarmos da copa, deveríamos celebrá-la. Não resisti e, como a internet é um espaço livre para emitirmos a nossa opinião, é claro, sem que ofendamos a outrem, resolvi replicar o seu comentário.

Segue:

Querida jornalista, duvido que nesses países que você acabou de citar o povo viva na miséria, os políticos sejam tão corruptos e que tenha sido desviado tanto dinheiro para a copa – foram bilhões. Colega, não tente mudar o foco da situação. Vivemos num país onde os jogadores de futebol são ídolos, onde narradores esportivos ganham milhões para puxar saco de determinados jogadores.

Provavelmente, você está muito bem financeiramente, talvez viva em um condomínio de classe média, não deva utilizar o SUS, muito menos o transporte público. É claro que o nosso país não é um dos piores do mundo, mas está longe de ser um dos melhores.

E, para finalizar, você diz que a população brasileira não tem paciência, que é dura consigo mesma e que exige perfeição. Só para lembrar: Somos um dos países que mais arrecada impostos no mundo, mas, infelizmente, não vemos esses recursos sendo destinados para áreas de prioridade, como educação, saúde e segurança. Temos sim o direito de celebrar a Copa, mas também temos o direito de reclamar, sim. Afinal, esta é uma das poucas oportunidades que teremos de mostrar ao mundo o quanto o nosso país anda errando, e errando feio. E, como diria o nosso saudoso Machado de Assis: "A vaidade é um princípio de corrupção". E pra quê tanta vaidade, se a corrupção bate à porta???

terça-feira, 27 de maio de 2014

8 ERROS MORTAIS QUE VOCÊ DEVE EVITAR AO TRABALHAR UM RELEASE

Por Rubem Moraes
(Rubem Moraes é Diretor de marketing do Divulgador de Notícias (DINO) e colaborou com esse post para o Comunique-se).


Um release é uma apresentação de uma empresa, produto ou evento. E para cumprir esse objetivo, ele deve ser completo, ou seja, deve conter todas as informações essenciais, ser objetivo, sem redundâncias no texto e com um título que resuma tudo em no máximo duas linhas. Afinal, se não for bom, o título pode ser a primeira e a última linha que alguém irá ler.

O DINO preparou uma lista de erros graves na hora de escrever um release, justamente para você saber o que não fazer na hora de escrever o seu. Vamos a eles:

ERRO 1
Falta de informação

Se alguém ligar para lhe pedir alguma informação sobre seu release, você o escreveu errado. Um release deve ser completo e conter todas as informações sobre o assunto tratado. Para lhe ajudar a contemplar tudo em seu release, faça um check-list antes de escrevê-lo. Enumere tudo que é importante contar e depois do release pronto confira se faltou alguma informação.

Outra técnica muito usada na redação jornalística e que pode ajudá-lo é responder às 5 perguntas: “Quem? Quando? Onde? Como? Por quê?”. Se o seu release responder claramente a todas estas perguntas ele está completo e objetivo. Então, antes de começar a escrever responda cada uma delas; ficará mais fácil escrever um ótimo release.


ERRO 2
Título vazio

A função de um título é resumir em uma linha tudo que contém em seu release. Você deve responder em até duas linhas as 5 perguntas jornalísticas mostradas acima. Quanto mais informação você conseguir colocar no título, mais assertiva é sua comunicação. Afinal, o leitor não precisará ler tudo para saber do que o texto se trata.


ERRO 3
Enrolação

Um pecado gravíssimo na hora de escrever um release é a falta de objetividade. Use sempre sentenças curtas e nada de repetir raciocínios com outras palavras. Você deve partir do pressuposto que a pessoa que lerá seu release não tem tempo para gastar com textos longos e desnecessários. Quanto mais objetivo você for, mais chances tem de lerem seu texto. Então, quando seu release estiver pronto, leia-o de novo e corte palavras. Com certeza há algumas que não precisam estar ali.


ERRO 4
Não tem contato

Um release deve sempre conter as informações de contato da parte que o escreveu. Pode ser que não precisem falar com você, mas se alguém precisar, como entrará em contato? Sempre coloque em seus releases o e-mail, o telefone, o nome e o endereço da empresa, caso necessário. Esse tipo de informação é essencial.


ERRO 5
Sem imagens

Para enriquecer seu release coloque fotos junto da informação. Se não houver imagens não tem problema, mas lembre-se que elas aumentam as chances do seu release ser bem compreendido. Então, sempre que puder, anexe fotos, os jornalistas adoram, pois isto evita perda de tempo. E se você estiver falando sobre algum produto, vale a pena encaminhar seu release com uma amostra do que você está falando. O documento ficará mais completo.


ERRO 6
Falar diretamente ao leitor

“Caro, jornalista”, “conto com sua participação”. Caso o jornalista tenha recebido seu release, sabe que a ele foi endereçado por se tratar de um release, sem a necessidade de pedidos, conversas ou falas aleatórias. O release deve ter foco na comunicação e informação, com linguagem clara, direta e dados suficientes para que o jornalista entenda sobre quem é, o que se passa, quando acontecerá, onde e porque será realizado.


ERRO 7
Conteúdo publicitário
As pessoas que receberão seu comunicado estão esperando conteúdo relevante que possam passar a diante e informar outras pessoas. Publicidade é a última coisa que eles desejam em suas caixas de e-mail. Não destrua seu relacionamento com o jornalista, suas mensagens futuras podem ir direto para a lixeira ou caixa de spam e a chance de conseguir emplacar suas pautas literalmente para o lixo.


ERRO 8
Metralhadora de e-mails
Certo, concordamos que enviar e-mails é simples, rápido e pode gerar resultado, mas não seja um disparador compulsivo, enchendo as caixas de jornalistas e virando um “spammer”. Procure conhecer o básico sobre os jornalistas para os quais costuma enviar seus e-mails, assim chegará cada vez mais perto de conseguir publicações, atendendo às necessidades dele e evitando enviar conteúdo que pode não ser de seu interesse. Todo conteúdo é importante a um determinado grupo de pessoas, saber onde estão e quem são os interessados pelo seu material é fundamental.


Agora que você conhece os principais erros cometidos ao se produzir um release, fuja deles e produza um material de qualidade. Para saber mais sobre a ferramenta de distribuição de releases DINO, acesse, www.dino.com.br. Pra você, faltou algum erro? Compartilhe sua opinião com a gente!

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Vamos prosseguir...

(Por Fernanda Melo)


Segundo alguns veículos de comunicação do Brasil, 50 cidades do país estarão em protesto, nesta quinta-feira. São sindicatos, associações, moradores que se unem em prol do seu objetivo, dos seus interesses. Uns reivindicam reajuste de salário, outros moradia, e muitos deles protestam contra a Copa do Mundo. O discurso é o mesmo: o Governo gastando em área que para nós de nada será proveitoso. Isso não é uma novidade. Acho que o protesto deveria ter surgido bem antes. No momento em que fomos escolhidos para sediar a Copa. Só assim não começaríamos a gastar o dinheiro público com os estádios. Mas agora já é muito tarde. E, como dizem os mais velhos: "de nada adianta chorar pelo leite derramado".

Alguns manifestantes possuem razões, outros, nem tanto. Param vias de grande circulação, quebram e saqueiam estabelecimentos, aproveitam o momento para badernar. Já outros, sabendo da importância do seu protesto, fazem uma paralisação bonita e legal.

Que tal aproveitarmos este momento, em que todos estão com os olhos voltados para a Copa, para falar do que realmente precisamos? São tantas coisas, tantas deficiências que temos em nosso país, que a lista é grande e talvez nem dê para dizer tudo. Mas começar e prosseguir com decência já estariam de bom tamanho.

Prosseguir e não desistir nunca. Esse é o lema!

quarta-feira, 7 de maio de 2014

É melhor esperar pela justiça de Deus, porque a dos homens...

(Por Fernanda Melo)


A que ponto pode chegar o ser humano? Esta e outras perguntas sempre me vem à mente toda vez que vejo noticiado na mídia as perversidades praticadas contra uma pessoa.

Há alguns dias, a dona de casa Fabiane Maria de Jesus, de 31 anos, foi covardemente linchada até a morte no Guarujá, litoral sul de São Paulo. Moradores praticaram tal ato depois de uma falsa acusação de que ela sequestrava crianças. Este poderia ser apenas mais um caso de violência e “justiça pelas próprias mãos” se não fosse por “apenas” um detalhe: a vítima era inocente. Mas o que teria levado dezenas de pessoas a espancá-la? Vontade de praticar a justiça? Ineficiência do Estado? Ou mesmo a crueldade, que extrapola em nós, seres humanos? Ficam as perguntas, mas vão-se pessoas inocentes, mães e pais de família que nem sequer tiveram a oportunidade de se defenderem.

Ontem, assisti a um vídeo onde o conceituado jornalista Ricardo Boechat, que trabalha em uma grande emissora nacional, criticou a atitude dos marginais que atacaram a dona de casa. Até aí, tudo bem, concordo com todas as observações que estão sendo feitas contra o ato violento. Mas para fechar seu comentário, Boechat mandou uma indireta à jornalista Rachel Sheherezade, que em outra ocasião comentou que seria compreensível a atitude da população, frente à ineficiência do Estado, ao tentar realizar a justiça com as próprias mãos (foi o caso de um suposto assaltante amarrado a um poste na zona sul do Rio de Janeiro). Boechat ainda sugeriu que esta seria a hora de pessoas que “incentivam” tais atos viessem a público e dissessem como se sentem depois da consumação de sua própria teoria na prática.

Não pretendo defender um, muito menos o outro jornalista. Ambos tem a sua parcela de razão. Nas ruas, as opiniões se dividem. Muitos brasileiros, acostumados com a lentidão da justiça em nosso país, decidem partir para a violência, praticando tais atos. É claro que esta não seria a melhor maneira de punir a um bandido. Mesmo porque fazer um pré-julgamento não é e nunca será uma atitude louvável e muito menos correta. Mesmo com tanta ineficiência, improdutividade e lentidão da justiça em nosso país, não cabe a nós sentenciarmos e punirmos um suspeito.

Este caso da dona de casa será, tomara que sim, um alerta para nós homens refletirmos e pensarmos duas ou mais vezes na hora de tomarmos qualquer decisão. Afinal, vidas estão em jogo. Vamos deixar que a justiça, se não a dos homens, pelo menos a de Deus que é perfeita, seja feita. Não vamos acreditar naquela famosa frase que a justiça de Deus tarda, mas não falha. Falhar, na verdade, não falha mesmo, mas ela nunca tarda. Vem na hora exata!

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Violência assusta: Camaçari fecha o mês de abril com 34 homicídios


Parece que está cada vez mais difícil viver em Camaçari. Faço uso da palavra “viver” no sentido literário, ou seja, no sentido real. Há alguns dias, publiquei no meu perfil do facebook o aumento expressivo da violência que vem assustando a nossa cidade. Naquela ocasião, informei o número de homicídios registrados na região e, provavelmente, assustei a muitos. Não pensem que escrevo isso para assustar. Não, esta não é a minha intenção. Mas, quer queira quer não, nunca poderei deixar de fazer o que é obrigação de todo jornalista: informar.

Pois bem, voltei a visitar o site da Secretaria de Segurança Pública da Bahia e, pasmem, fiquei assustada com a estatística registrada nos 30 dias do mês de abril deste ano. Foram exatos 34 homicídios, isso mesmo, Camaçari registrou 34 mortes violentas somente no mês de abril. Desse total, apenas 3 eram mulheres. Pesquisando mais a fundo, percebi que a maior parte, ou seja, mais da metade das vítimas eram jovens, e três deles tinham, nada mais nada menos, do que 16 anos.

Aí, a gente se pergunta quais as possíveis causas que ocasionaram a morte desses jovens? Podemos listar vários motivos que os levaram à morte. Briga de bar, crime passional, intolerância no trânsito... Esses, com certeza, não foram os principais motivos dos homicídios. Sabemos, e não podemos fingir que não acreditamos nisso, que grande parte deles está relacionada às drogas. Não quero generalizar, é claro, nem todos morreram porque estavam envolvidos com o crime, mas sabemos e, se investigarmos bem, vamos concluir que muitos desses jovens estavam envolvidos com as drogas, roubavam ou eram um desafeto de outro bandido. Vítimas que “tiveram o azar” de serem encontradas pelos seus rivais em um dos momentos mais críticos que passava a nossa sociedade, a greve dos policiais militares.

A bandidagem fez a festa. Aproveitou os poucos dias da paralisação e fez um arrastão em seus desafetos. Podemos provar isso quando contabilizamos os números e percebemos que o maior índice dos homicídios ocorreu nos dias mais críticos da paralisação, ou seja, entre os dias 16 e 18, quando foram registrados 11 assassinatos. Semana em que toda a polícia cruzou os braços, em protesto, na Bahia. A SSP/BA também registrou um saldo assustador de homicídios, roubos de veículos, saques a estabelecimentos comerciais, assaltos a transeuntes, etc. A população ficou exposta, mais ainda, à violência urbana. Pois, quando o gato sai, o rato faz a festa.


Fernanda Melo é jornalista, formada pela Unibahia.